sábado, 10 de setembro de 2011

Fibroadenoma - da Descoberta ao Tratamento

O que é fibroadenoma?
O fibroadenoma é um tumor benigno que tem origem no epitélio e no estroma do sistema ductal terminal, sendo a neoplasia benigna mais comum da mama, ocorrendo mais frequentemente em adolescentes e adultos jovens dos 20 aos 40 anos de idade. Seu aparecimento após os 40 anos é raro, embora seu crescimento não seja incomum.
Seu tamanho pode variar de milímetro a vários centímetros, mas costuma cessar seu crescimento ao atingir 2 ou 3 centímetros. Em 15-20% dos casos são múltiplos. Como o fibroadenoma pode aumentar na gravidez e no final do ciclo menstrual e involuir no pós-parto e na menopausa, acredita-se que seja influenciado pelos hormônios, sem nenhuma definição real da participação dos estrógenos, progesterona, andrógenos e prolactina.
A associação de lesões malignas ao fibroadenoma é rara, porém excepcional. Como há epitélio dentro do fibroadenoma, o câncer pode ocasionalmente desenvolver-se, do mesmo modo que o epitélio ductal normal. 

Diagnóstico
À apalpação, geralmente aparece com o nódulo firme, móvel e indolor, claramente separável do tecido mamário normal. Ás vezes, porém, descobre-se incidentalmente, em exames de imagem, quando ainda não é palpável. 
Para o diagnóstico pode recorrer-se à ultrassonografia, em mulheres com idade inferior a 30 anos, e à mamografia em mulheres a partir desta idade. Também pode ser recolhida uma amostra para ser analisada ao microscópio, através de uma biopsia ou PAAF (Punção Aspiração com Agulha Fina: efetua-se uma punção sobre o tumor e estuda-se o material extraído).
Na mamografia o médico vê uma massa redonda ou oval, sólida, com contornos definidos e móvel. Na ultrassonografia o médico vê uma massa oval, com contornos definidos, e ligeiro eco no interior.

Tratamento
O tratamento poderá ser conservador, (não havendo necessidade da exérese cirúrgica) se forem preenchidos os seguintes critérios:

  • Configuração cito ou histopatológica de benignidade;
  • O diagnóstico não inclua fibroadenoma complexos e lesões intraductais de risco;
  • Paciente aceite conviver com o nódulo e este seja menor que 2 cm;
  • A idade seja inferior a 30 anos.

Mais informações: Mama ImagemConhecer Saúde e Shvoong.




terça-feira, 2 de agosto de 2011

Valparaíso e Viña del Mar

As primeiras cidades que eu conheci no Chile foram Valparaíso e Viña del Mar. Claro, cheguei em Santiago, mas não posso falar que conheci essa cidade realmente. Conheci o aeroporto, isso eu conheci.

"Eres un arco iris de múltiples colores 
tu, Valparaiso, puerto principal, 
tus mujeres son blancas margaritas, 
todas ellas arrancadas de tu mar. 
Al mirarte de Playa Ancha, lindo puerto, 
ahí (allí) se ven las naves al salir y al entrar (...)" 
                                                                          La Joya del Pacífico - Lucho Barrios
Valparaíso, como diz a música,  é uma cidade bem colorida. Com suas casas em partes mais altas e mais baixas, a cidade se transforma em um arco- íris. O mais interessante da cidade é que você pode subir nos pontos mais altos e ter uma vista panorâmica. É muito bonito.
Essa foi a primeira vez que ouvi e peguei um táxi chamado coletivo. É como um ônibus que passa em determinados lugares, mas a diferença é que não tem como ir em pé e é um carro, não ônibus. A primeira vez que eu andei de coletivo, pensei que era táxi normal, e quando vi as pessoas entrando e o motorista parando para todo mundo, eu pensei: "Os táxis aqui são diferentes." 
Lá tem vários tipos de transporte público: ônibus, coletivo, táxi, bonde (em cidades turísticas), metrô.
Valparaíso foi o primeiro lugar que eu comi completo. É o cachorro-quente chileno. Tem salsicha que não tem um gosto tão forte como a salsicha brasileira, tomate picado e sem pele, abacate salgado e maionese caseira. É muito bom. Eu gostei!
Completo (cachorro-quente chileno)
Os ascensores de Valparaíso são as melhores opções para chegar as partes mais altas. Sem mencionar a vista linda que você consegue ter do mar e de grande parte da cidade.
Subindo pelo ascensor
Vista do alto de um dos pontos onde o ascensor sobe (não faz jus a beleza verdadeira)
Não conhecemos a noite de Valparaíso nem os melhores restaurantes, mas aqui está um ótimo site sobre lugares e coisas a fazer lá.

Viña del Mar é como o Rio de Janeiro do Chile. Tá, exagerei. Mas é a cidade que mais atrai turistas. Lá acontece os eventos glamuorosos e é onde as celebridades moram. Então lá tudo é mais caro. Fomos de metrô pra lá. O metrô mais limpo que eu já vi!
Viña del Mar é muito bonito, pena que não tivemos tempo para conhecer tudo que queríamos. Lá tem vários castelos, casinos luxuosos, e o Relógio de Flores. A cidade inteira tem muitas flores. Os jardins são bem coloridos.
Castelo à beira-mar em Viña del Mar
Reloj del Flores - Viña del Mar
Aqui tem mais informações que eu não posso passar por não ter conhecido muito sobre Viña del Mar.

Adorei o clima dessas cidades. É friozinho mesmo no verão. Sempre tem refrigerante no copo nas lanchonetes (prefiro assim)
O que mais me encantou nessas duas cidades, foram as casas que cresciam, assim como a vegetação, sobre os morros. Muito bonito a mistura de cores e matérias.
Natureza + Urbanização
Gostaria muito de ter tido mais tempo para conhecer essas cidades melhor! Mas mesmo por pouco tempo, valeu a pena ter ido para lá. Depois eu volto para conhecer melhor 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mary e Max - A Última Carta

Cara Mary,
Segue anexa minha coleção de Noblets como sinal do meu perdão. Quando recebi seu livro, as emoções no meu cérebro pareciam estar numa máquina de lavar, se batendo uma nas outras. A dor foi parecida quando grampeei meus lábios acidentalmente. 
A razão pela qual eu a perdoo é porque você não é perfeita. Você é imperfeita e eu também. Todos os humanos são imperfeitos. Até o homem da frente do meu prédio que sua a rua. Quando era jovem, queria ser qualquer pessoa menos eu mesmo. O dr. Bernard Hazelhof disse que se eu estivesse numa ilha deserta, eu teria que me acostumar com a minha própria companhia, só eu e os cocos. Ele disse que eu teria que me aceitar com meus defeitos e tudo e que nós não escolhemos nossos defeitos, são partes de nós e temos que conviver com eles. Mas nós podemos escolher nossos amigos e eu fico feliz em ter escolhido você. O dr. Bernard Hazelhof  também disse que a vida de todos é como uma grande calçada. Algumas são bem pavimentadas e outras, como a minha, tem rachaduras, cascas de bana e guimbas de cigarro. A sua calçada é como a minha, mas, provavelmente, sem tantas rachaduras. Com sorte, um dia nossas calçadas vão se encontrar e vamos dividir uma lata de leite condensado. Você é minha melhor amiga. Você é minha única amiga.
Seu amigo virtual americano,
Max Jerry Horovitz


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amor à Distância

Relacionamento é naturalmente difícil. É necessário compreender o outro, mesmo que você não se compreenda. É necessário paciência, mesmo quando você não tem "autopaciência". É necessário muita vontade de ambos os lados para um relacionamento dar certo. Imagine, então, se esse relacionamento é à distância e com uma pessoa que nem mesmo mora no seu país. É preciso muita confiança e maturidade para isso e, claro, amor. Mas sem amor, não existiria um relacionamento verdadeiro. 

Enfim, ter um relacionamento à distância com um estrangeiro não é fácil, principalmente por não poder ver o amado sempre quando está carente ou sozinha, quando quer ir ao cinema ou tomar um sorvete no domingo. Tem que colocar na balança se vale a pena ou não lutar pelo seu relacionamento. Em um mundo tão apressado e concorrido, é muito saudável ter alguém que queira estar com você pela sua personalidade, não pelo seu status ou aparência.

No meu caso, vale muito a pena. Tenho meus momentos de carência e necessidade de ver o namorado desesperadamente, mas a tecnologia ameniza a saudade. Internet, skype, vídeos e fotos ajudam muito a esperar pelo momento do reencontro. Sem mencionar como é compensador ter alguém que, mesmo longe, consiga dividir os momentos de felicidade, tristeza, dúvida, medo; ter alguém que se importe com o seu dia, mesmo que ele tenha sido o mais monótomo possível.

É mais difícil que um relacionamento normal, isso com certeza, mas o que me motiva é saber que algum dia nós vamos estar juntos. 
A distância fortalece o que é verdadeiro. E com a distância, aprendemos a valorizar o tempo que passamos juntos. 



terça-feira, 31 de maio de 2011

Viajando de Avião

Viajei.. Viajei e viajei muito, andei de avião pela primeira vez, conheci a neve, aprendi espanhol, aprendi a namorar, conheci um vulcão, estive em um terremoto (ou tremor como foi chamado lá, mas 5,9 é um terremoto para mim), reaprendi a cozinhar, entrei em um lago super gelado em situações que não poderia entrar, comi abacate salgado, e tudo isso em 3 meses.

Agora eu quero falar sobre a viagem, sobre lugares que eu conheci. Como eu disse em um post anterior, fui ao Chile. Aquele país, entre dois da América do Sul do qual não faz divisa com o Brasil, que se situa no extremo oeste da América do Sul, onde há neve, terremoto, vulcões, Oceano (frio) Pacífico, Cordilheira dos Andes, Deserto do Atacama e uma variedade enorme de pães.

Como tudo foi uma grande novidade para mim, falarei sobre minha primeira vez viajando de avião.

Eu não tinha idéia do que fazer, que horas chegar, onde ir, por isso pesquisei no Google e na companhia aérea. Cheguei ao Aeroporto Internacional de Viracopos com duas horas de antecedência. Esperei sozinha sem uma bagagem de mão (eu tinha esquecido sobre extravios de bagagens, minha maior preocupação era não perder o voo, agora sem acento circunflexo ) Embarquei no avião, que era super pequeno, com apenas quatro poltronas por fileira e era necessário ser cauteloso ao levantar para não bater a cabeça no bagageiro. Como eu já tinha lido o ticket de embarque, sabia o número da poltrona, foi só procurar. O que me deu mais trabalho foi tirar o cinto antes das aeromoças, que só falavam espanhol e inglês, darem as instruções. O voo foi direto a Montevideo sem direito a lanche grátis  

Acho que já mencionei que não sabia nada além de hola e que tal em espanhol e como nunca tinha viajado de avião, logicamente, nunca tinha feito conexão. Chegando no Uruguai, todos falavam apenas espanhol, exceto as pessoas da Duty Free, que eu descobri na viagem de volta. Tive a sorte de viajar atrás de uma professora de espanhol, natural da Argentina. Ela me ajudou a encontrar meu portão. Depois, dentro do avião, eu não sabia que idioma responder a ficha de imigração que estava em espanhol e inglês e acabei respondendo em português mesmo.

Chegando em Santiago, eu só segui todo mundo e consegui encontrar a polícia internacional. Uma coisa super emocionante foi usar meu passaporte pela primeira vez   

Graças a Deus, nenhuma mala foi extraviada!

A viagem de volta foi mais emocionante, porque eu não tinha dinheiro para pagar a taxa de franquia para despachar a bagagem. Sim, tinha franquia e eu não li isso. Mas tudo deu certo e eu consegui voltar para o  Brasil com todas minhas malas. Na verdade, nem tudo deu tão certo assim. Quando eu cheguei em Montevideo, tive que esperar 12 horas pelo outro voo. Coisas de principiantes que não sabem ler ou procurar pelo melhor. E, durante esse tempo de espera, eu tive fome. E comi, pensando que tinha dinheiro suficiente para pagar. Eu até tinha, mas eram pesos chilenos e o restaurante do aeroporto não aceitava essa moeda. Então, fui a Duty Free e falei, com aquele jeito de universitária necessitada, se poderiam trocar o dinheiro. Não trocaram, mas me deixaram comprar um chocolate de 1 dólar e pagar 24 reais, aproximadamente, para devolverem o troco em dólares.

Aí sim. Tudo deu certo e cheguei bem no Brasil. Sem extravio de bagagem e sem dinheiro 


Dicas importantes para uma viagem: 

  • Ler sobre condições da empresa aérea; 
  • Não comprar em sites de venda coletiva, porque é mais caro do que parece;
  • Procurar voos com menor tempo de escala ;
  • Dentro da sala de embarque do Aeroporto de Montevideo só tem um restaurante e eles aceitam dólar, real, peso argentino e uruguaio e cartão de crédito (internacional, of course).


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Novo Ano, Nova Fase

A vida tem vários momentos e alguns deles são claramente delimitados. Eu estou nesse câmbio de momentos. Amigos que eu pensava que seriam para sempre, não passam de boas lembranças. Futuros planejados detalhadamente, não fazem mais sentido.

E foi assim, numa nova fase da vida, que meu ano começou. Viajei para outro país, outros países se aeroportos contarem  Na verdade, eu fiquei mais tempo esse ano em outro país que aqui no Brasil. A propósito, o outro país é o Chile, mas falarei sobre isso em uma outra oportunidade. Agora quero falar sobre mudanças.

Eu confio em Deus e sei que cada coisa em minha vida acontece por uma razão, mesmo sem entender qual é razão. Mas é doloroso quando se passa por uma mudança radical. Eu nunca fui sozinha. Sempre tive amigos que podia contar, que podia ligar quando eu precisava. Agora estou aqui, me sentindo mais sozinha que nunca, dependente de uma única pessoa para me ouvir - falo isso em outra oportunidade também.

Já faz um tempo que estou antissocial, sem vontade de sair e ouvir pessoas se gabarem de coisas sem importância. Estou velha para ficar em ambientes poluídos pela fumaça de cigarro (mesmo aberto) e pelo ruído exageradamente alto. E, por isso, fico mais sozinha.

Bom, tenho duas opções:

  1. Ficar em casa sozinha, triste, pensando como minha vida era mais agitada e engraçada, me sentido arrependida por ter voltado para casa e não estar me formando ano que vem; ou
  2. Ver o lado bom da mudança, afinal, dependendo da companhia, é melhor estar desacompanhada, e depois que eu me formasse em um curso que eu não gosto, eu não conseguiria sentir prazer no meu trabalho.

    Eu escolho a opção 2