terça-feira, 31 de maio de 2011

Viajando de Avião

Viajei.. Viajei e viajei muito, andei de avião pela primeira vez, conheci a neve, aprendi espanhol, aprendi a namorar, conheci um vulcão, estive em um terremoto (ou tremor como foi chamado lá, mas 5,9 é um terremoto para mim), reaprendi a cozinhar, entrei em um lago super gelado em situações que não poderia entrar, comi abacate salgado, e tudo isso em 3 meses.

Agora eu quero falar sobre a viagem, sobre lugares que eu conheci. Como eu disse em um post anterior, fui ao Chile. Aquele país, entre dois da América do Sul do qual não faz divisa com o Brasil, que se situa no extremo oeste da América do Sul, onde há neve, terremoto, vulcões, Oceano (frio) Pacífico, Cordilheira dos Andes, Deserto do Atacama e uma variedade enorme de pães.

Como tudo foi uma grande novidade para mim, falarei sobre minha primeira vez viajando de avião.

Eu não tinha idéia do que fazer, que horas chegar, onde ir, por isso pesquisei no Google e na companhia aérea. Cheguei ao Aeroporto Internacional de Viracopos com duas horas de antecedência. Esperei sozinha sem uma bagagem de mão (eu tinha esquecido sobre extravios de bagagens, minha maior preocupação era não perder o voo, agora sem acento circunflexo ) Embarquei no avião, que era super pequeno, com apenas quatro poltronas por fileira e era necessário ser cauteloso ao levantar para não bater a cabeça no bagageiro. Como eu já tinha lido o ticket de embarque, sabia o número da poltrona, foi só procurar. O que me deu mais trabalho foi tirar o cinto antes das aeromoças, que só falavam espanhol e inglês, darem as instruções. O voo foi direto a Montevideo sem direito a lanche grátis  

Acho que já mencionei que não sabia nada além de hola e que tal em espanhol e como nunca tinha viajado de avião, logicamente, nunca tinha feito conexão. Chegando no Uruguai, todos falavam apenas espanhol, exceto as pessoas da Duty Free, que eu descobri na viagem de volta. Tive a sorte de viajar atrás de uma professora de espanhol, natural da Argentina. Ela me ajudou a encontrar meu portão. Depois, dentro do avião, eu não sabia que idioma responder a ficha de imigração que estava em espanhol e inglês e acabei respondendo em português mesmo.

Chegando em Santiago, eu só segui todo mundo e consegui encontrar a polícia internacional. Uma coisa super emocionante foi usar meu passaporte pela primeira vez   

Graças a Deus, nenhuma mala foi extraviada!

A viagem de volta foi mais emocionante, porque eu não tinha dinheiro para pagar a taxa de franquia para despachar a bagagem. Sim, tinha franquia e eu não li isso. Mas tudo deu certo e eu consegui voltar para o  Brasil com todas minhas malas. Na verdade, nem tudo deu tão certo assim. Quando eu cheguei em Montevideo, tive que esperar 12 horas pelo outro voo. Coisas de principiantes que não sabem ler ou procurar pelo melhor. E, durante esse tempo de espera, eu tive fome. E comi, pensando que tinha dinheiro suficiente para pagar. Eu até tinha, mas eram pesos chilenos e o restaurante do aeroporto não aceitava essa moeda. Então, fui a Duty Free e falei, com aquele jeito de universitária necessitada, se poderiam trocar o dinheiro. Não trocaram, mas me deixaram comprar um chocolate de 1 dólar e pagar 24 reais, aproximadamente, para devolverem o troco em dólares.

Aí sim. Tudo deu certo e cheguei bem no Brasil. Sem extravio de bagagem e sem dinheiro 


Dicas importantes para uma viagem: 

  • Ler sobre condições da empresa aérea; 
  • Não comprar em sites de venda coletiva, porque é mais caro do que parece;
  • Procurar voos com menor tempo de escala ;
  • Dentro da sala de embarque do Aeroporto de Montevideo só tem um restaurante e eles aceitam dólar, real, peso argentino e uruguaio e cartão de crédito (internacional, of course).


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Novo Ano, Nova Fase

A vida tem vários momentos e alguns deles são claramente delimitados. Eu estou nesse câmbio de momentos. Amigos que eu pensava que seriam para sempre, não passam de boas lembranças. Futuros planejados detalhadamente, não fazem mais sentido.

E foi assim, numa nova fase da vida, que meu ano começou. Viajei para outro país, outros países se aeroportos contarem  Na verdade, eu fiquei mais tempo esse ano em outro país que aqui no Brasil. A propósito, o outro país é o Chile, mas falarei sobre isso em uma outra oportunidade. Agora quero falar sobre mudanças.

Eu confio em Deus e sei que cada coisa em minha vida acontece por uma razão, mesmo sem entender qual é razão. Mas é doloroso quando se passa por uma mudança radical. Eu nunca fui sozinha. Sempre tive amigos que podia contar, que podia ligar quando eu precisava. Agora estou aqui, me sentindo mais sozinha que nunca, dependente de uma única pessoa para me ouvir - falo isso em outra oportunidade também.

Já faz um tempo que estou antissocial, sem vontade de sair e ouvir pessoas se gabarem de coisas sem importância. Estou velha para ficar em ambientes poluídos pela fumaça de cigarro (mesmo aberto) e pelo ruído exageradamente alto. E, por isso, fico mais sozinha.

Bom, tenho duas opções:

  1. Ficar em casa sozinha, triste, pensando como minha vida era mais agitada e engraçada, me sentido arrependida por ter voltado para casa e não estar me formando ano que vem; ou
  2. Ver o lado bom da mudança, afinal, dependendo da companhia, é melhor estar desacompanhada, e depois que eu me formasse em um curso que eu não gosto, eu não conseguiria sentir prazer no meu trabalho.

    Eu escolho a opção 2